terça-feira, 17 de maio de 2011

"Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras - e por tudo isso, ando cada vez mais só." (C.F.A)

Ao ler essa frase, logo tive a percepção de que muitos se identificariam com a mesma.
É estranho crer que as coisas não são como antes eram. As pessoas, os sentimentos.  A calmaria, o gosto suave da vida.
Não que as pessoas tenham perdido o sentido de estarem aqui. Porém, a alegria se perde cada vez mais.
A simplicidade foi balanizada. As cores, o perfume.
Talvez, para mim, isso fosse uns dos sentidos primordiais da vida. Tudo o que é simples, e ao mesmo tempo, primordial, é indispensável. Não há espaço para o banal quando se trata de simplicidade. Aonde estão as doces palavras? Não se trata de palavras decoradas, a doçura encontra-se na sinceridade, em tudo o que vem do coração. E é esse o segredo do encanto. Talvez seja por essa falta de sinceridade, que tudo se encontra da maneira que está.
Mas, dispense generalizações.
As vezes, sem perceber, acabamos fechando os nossos braços, involuntariamente. Sem dar espaços para o aconchego de todo o encanto que ainda está por vir.


Ela era bonita. Mas não era bonita e só - como a maioria dos bonitos. Ela era bonita e tinha muitas outras coisas na bagagem." ( Caio Fernando de Abreu)

Nenhum comentário:

Postar um comentário